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O desaparecimento dos livros na vida cotidiana e a diminuição da leitura(26) é preocupante quando sabemos que os livros são dispositivos fundamentais(18) na formação subjetiva das pessoas. Nos perguntamos sobre o que os meios de comunicação fazem conosco: da televisão ao computador, dos brinquedos ao telefone celular, somos formados por objetos e aparelhos.

Se em nossa época a leitura diminui vertiginosamente, ao mesmo tempo, cresce o elogio da ignorância,(15) nossa velha conhecida. Há, nesse contexto, dois tipos de ignorância(25) em relação às quais os livros são potentes ou impotentes.(2) Uma é a ignorância filosófica, aquela que em Sócrates se expunha(9) na ironia do "sei-que-nada-sei". Aquele que não sabe e quer saber(19) pode procurar os livros, esses objetos que guardam tantas informações, tantos conteúdos, que podemos esperar deles muita coisa: perguntas e, até mesmo, respostas. A outra é a ignorância prepotente, à qual alguns filósofos deram o nome de "burrice". Pela burrice, essa forma cognitiva impotente e, contudo, muito prepotente,(22) alguém transforma o não saber em suposto saber, a resposta pronta é transformada em verdade. Nesse caso, os livros são esquecidos. Eles são desnecessários como "meios para o saber". Cancelada a curiosidade, como sinal de um desejo de conhecimento, os livros tornam-se inúteis.(10) Assim, a ignorância que nos permite saber se opõe à que nos deforma(1) por estagnação,(23) A primeira gosta dos livros, a segunda os detesta.(13)

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Para aprender a perguntar, precisamos aprender a ler. Não porque o pensamento dependa da gramática(16) ou da língua formal, mas porque ler é um tipo de experiência que nos ensina(12) a desenvolver raciocínios, nos ensina a entender, a ouvir e a falar para compreender. Nos ensina a interpretar. Nos ajuda, portanto, a elaborar questões,(8) a fazer perguntas. Perguntas que nos ajudam a dialogar,(6) ou seja, a entrar em contato com o outro. Nem que este outro seja,(20) em um primeiro momento, apenas cada um de nós mesmos.

Pensar, esse ato que está faltando entre nós, começa aí, muitas vezes em silêncio, quando nos dedicamos a esse gesto(4) simples(17) e ao mesmo tempo complexo que é ler um livro, É lamentável que as pessoas sucumbam ao clima programado da cultura(14) em que ler é proibido. Os meios tecnológicos de comunicação são insidiosos nesse momento, pois prometem uma completude que o ato de ler(5) um livro nunca prometeu. É que o ato da leitura nunca nos engana.(3) Por isso, também, muitos afastam-se dele.(11) Muitos que foram educados para não pensar,(24) passam a não gostar do que não conhecem.(7) Mas há quem tenha descoberto esse prazer(21) que é o prazer de pensar a partir da experiência da linguagem - compreensão e diálogo - que sempre está ofertada em um livro. Certamente para essas pessoas, o mundo todo - e ela mesma - é algo bem diferente.

TIBURI, Márcia. Potência do pensamento: por uma filosofia política da leitura. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br>. Acesso em: 31 jan. 2016, (Adaptado.).

Em seu processo argumentativo, o texto


O desaparecimento dos livros na vida cotidiana e a diminuição da leitura(26) é preocupante quando sabemos que os livros são dispositivos fundamentais(18) na formação subjetiva das pessoas. Nos perguntamos sobre o que os meios de comunicação fazem conosco: da televisão ao computador, dos brinquedos ao telefone celular, somos formados por objetos e aparelhos.

Se em nossa época a leitura diminui vertiginosamente, ao mesmo tempo, cresce o elogio da ignorância,(15) nossa velha conhecida. Há, nesse contexto, dois tipos de ignorância(25) em relação às quais os livros são potentes ou impotentes.(2) Uma é a ignorância filosófica, aquela que em Sócrates se expunha(9) na ironia do "sei-que-nada-sei". Aquele que não sabe e quer saber(19) pode procurar os livros, esses objetos que guardam tantas informações, tantos conteúdos, que podemos esperar deles muita coisa: perguntas e, até mesmo, respostas. A outra é a ignorância prepotente, à qual alguns filósofos deram o nome de "burrice". Pela burrice, essa forma cognitiva impotente e, contudo, muito prepotente,(22) alguém transforma o não saber em suposto saber, a resposta pronta é transformada em verdade. Nesse caso, os livros são esquecidos. Eles são desnecessários como "meios para o saber". Cancelada a curiosidade, como sinal de um desejo de conhecimento, os livros tornam-se inúteis.(10) Assim, a ignorância que nos permite saber se opõe à que nos deforma(1) por estagnação,(23) A primeira gosta dos livros, a segunda os detesta.(13)

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Para aprender a perguntar, precisamos aprender a ler. Não porque o pensamento dependa da gramática(16) ou da língua formal, mas porque ler é um tipo de experiência que nos ensina(12) a desenvolver raciocínios, nos ensina a entender, a ouvir e a falar para compreender. Nos ensina a interpretar. Nos ajuda, portanto, a elaborar questões,(8) a fazer perguntas. Perguntas que nos ajudam a dialogar,(6) ou seja, a entrar em contato com o outro. Nem que este outro seja,(20) em um primeiro momento, apenas cada um de nós mesmos.

Pensar, esse ato que está faltando entre nós, começa aí, muitas vezes em silêncio, quando nos dedicamos a esse gesto(4) simples(17) e ao mesmo tempo complexo que é ler um livro, É lamentável que as pessoas sucumbam ao clima programado da cultura(14) em que ler é proibido. Os meios tecnológicos de comunicação são insidiosos nesse momento, pois prometem uma completude que o ato de ler(5) um livro nunca prometeu. É que o ato da leitura nunca nos engana.(3) Por isso, também, muitos afastam-se dele.(11) Muitos que foram educados para não pensar,(24) passam a não gostar do que não conhecem.(7) Mas há quem tenha descoberto esse prazer(21) que é o prazer de pensar a partir da experiência da linguagem - compreensão e diálogo - que sempre está ofertada em um livro. Certamente para essas pessoas, o mundo todo - e ela mesma - é algo bem diferente.

TIBURI, Márcia. Potência do pensamento: por uma filosofia política da leitura. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br>. Acesso em: 31 jan. 2016, (Adaptado.).

Qual opção está de acordo com as ideias expressas no texto?


O desaparecimento dos livros na vida cotidiana e a diminuição da leitura(26) é preocupante quando sabemos que os livros são dispositivos fundamentais(18) na formação subjetiva das pessoas. Nos perguntamos sobre o que os meios de comunicação fazem conosco: da televisão ao computador, dos brinquedos ao telefone celular, somos formados por objetos e aparelhos.

Se em nossa época a leitura diminui vertiginosamente, ao mesmo tempo, cresce o elogio da ignorância,(15) nossa velha conhecida. Há, nesse contexto, dois tipos de ignorância(25) em relação às quais os livros são potentes ou impotentes.(2) Uma é a ignorância filosófica, aquela que em Sócrates se expunha(9) na ironia do "sei-que-nada-sei". Aquele que não sabe e quer saber(19) pode procurar os livros, esses objetos que guardam tantas informações, tantos conteúdos, que podemos esperar deles muita coisa: perguntas e, até mesmo, respostas. A outra é a ignorância prepotente, à qual alguns filósofos deram o nome de "burrice". Pela burrice, essa forma cognitiva impotente e, contudo, muito prepotente,(22) alguém transforma o não saber em suposto saber, a resposta pronta é transformada em verdade. Nesse caso, os livros são esquecidos. Eles são desnecessários como "meios para o saber". Cancelada a curiosidade, como sinal de um desejo de conhecimento, os livros tornam-se inúteis.(10) Assim, a ignorância que nos permite saber se opõe à que nos deforma(1) por estagnação,(23) A primeira gosta dos livros, a segunda os detesta.(13)

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Para aprender a perguntar, precisamos aprender a ler. Não porque o pensamento dependa da gramática(16) ou da língua formal, mas porque ler é um tipo de experiência que nos ensina(12) a desenvolver raciocínios, nos ensina a entender, a ouvir e a falar para compreender. Nos ensina a interpretar. Nos ajuda, portanto, a elaborar questões,(8) a fazer perguntas. Perguntas que nos ajudam a dialogar,(6) ou seja, a entrar em contato com o outro. Nem que este outro seja,(20) em um primeiro momento, apenas cada um de nós mesmos.

Pensar, esse ato que está faltando entre nós, começa aí, muitas vezes em silêncio, quando nos dedicamos a esse gesto(4) simples(17) e ao mesmo tempo complexo que é ler um livro, É lamentável que as pessoas sucumbam ao clima programado da cultura(14) em que ler é proibido. Os meios tecnológicos de comunicação são insidiosos nesse momento, pois prometem uma completude que o ato de ler(5) um livro nunca prometeu. É que o ato da leitura nunca nos engana.(3) Por isso, também, muitos afastam-se dele.(11) Muitos que foram educados para não pensar,(24) passam a não gostar do que não conhecem.(7) Mas há quem tenha descoberto esse prazer(21) que é o prazer de pensar a partir da experiência da linguagem - compreensão e diálogo - que sempre está ofertada em um livro. Certamente para essas pessoas, o mundo todo - e ela mesma - é algo bem diferente.

TIBURI, Márcia. Potência do pensamento: por uma filosofia política da leitura. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br>. Acesso em: 31 jan. 2016, (Adaptado.).

Com relação ao emprego de pronomes pessoais e relativos, analise as afirmativas abaixo.

  1. I.
    Os termos destacados em "Assim, a ignorância que nos permite saber se opõe à que nos deforma[...]." (1) exercem a mesma função sintática.

  2. II.
    Em "Há, nesse contexto, dois tipos de ignorância em relação às quais os livros são potentes ou impotentes." (2), o termo destacado exerce a função de sujeito.

  3. III.
    Os termos destacados exercem mesma função sintática em "[...] o ato da leitura nunca nos engana." (3) e "[...] quando nos dedicamos a esse gesto" (4)

  4. IV.
    Em "[...] prometem uma completude que o ato de ler [...]." (5) e "Perguntas que nos ajudam a dialogar, [...]." (6), os termos destacados exercem funções sintáticas distintas.

Assinale a opção correta.


O desaparecimento dos livros na vida cotidiana e a diminuição da leitura(26) é preocupante quando sabemos que os livros são dispositivos fundamentais(18) na formação subjetiva das pessoas. Nos perguntamos sobre o que os meios de comunicação fazem conosco: da televisão ao computador, dos brinquedos ao telefone celular, somos formados por objetos e aparelhos.

Se em nossa época a leitura diminui vertiginosamente, ao mesmo tempo, cresce o elogio da ignorância,(15) nossa velha conhecida. Há, nesse contexto, dois tipos de ignorância(25) em relação às quais os livros são potentes ou impotentes.(2) Uma é a ignorância filosófica, aquela que em Sócrates se expunha(9) na ironia do "sei-que-nada-sei". Aquele que não sabe e quer saber(19) pode procurar os livros, esses objetos que guardam tantas informações, tantos conteúdos, que podemos esperar deles muita coisa: perguntas e, até mesmo, respostas. A outra é a ignorância prepotente, à qual alguns filósofos deram o nome de "burrice". Pela burrice, essa forma cognitiva impotente e, contudo, muito prepotente,(22) alguém transforma o não saber em suposto saber, a resposta pronta é transformada em verdade. Nesse caso, os livros são esquecidos. Eles são desnecessários como "meios para o saber". Cancelada a curiosidade, como sinal de um desejo de conhecimento, os livros tornam-se inúteis.(10) Assim, a ignorância que nos permite saber se opõe à que nos deforma(1) por estagnação,(23) A primeira gosta dos livros, a segunda os detesta.(13)

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Para aprender a perguntar, precisamos aprender a ler. Não porque o pensamento dependa da gramática(16) ou da língua formal, mas porque ler é um tipo de experiência que nos ensina(12) a desenvolver raciocínios, nos ensina a entender, a ouvir e a falar para compreender. Nos ensina a interpretar. Nos ajuda, portanto, a elaborar questões,(8) a fazer perguntas. Perguntas que nos ajudam a dialogar,(6) ou seja, a entrar em contato com o outro. Nem que este outro seja,(20) em um primeiro momento, apenas cada um de nós mesmos.

Pensar, esse ato que está faltando entre nós, começa aí, muitas vezes em silêncio, quando nos dedicamos a esse gesto(4) simples(17) e ao mesmo tempo complexo que é ler um livro, É lamentável que as pessoas sucumbam ao clima programado da cultura(14) em que ler é proibido. Os meios tecnológicos de comunicação são insidiosos nesse momento, pois prometem uma completude que o ato de ler(5) um livro nunca prometeu. É que o ato da leitura nunca nos engana.(3) Por isso, também, muitos afastam-se dele.(11) Muitos que foram educados para não pensar,(24) passam a não gostar do que não conhecem.(7) Mas há quem tenha descoberto esse prazer(21) que é o prazer de pensar a partir da experiência da linguagem - compreensão e diálogo - que sempre está ofertada em um livro. Certamente para essas pessoas, o mundo todo - e ela mesma - é algo bem diferente.

TIBURI, Márcia. Potência do pensamento: por uma filosofia política da leitura. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br>. Acesso em: 31 jan. 2016, (Adaptado.).

Em que opção a concordância nominal está correta?


O desaparecimento dos livros na vida cotidiana e a diminuição da leitura(26) é preocupante quando sabemos que os livros são dispositivos fundamentais(18) na formação subjetiva das pessoas. Nos perguntamos sobre o que os meios de comunicação fazem conosco: da televisão ao computador, dos brinquedos ao telefone celular, somos formados por objetos e aparelhos.

Se em nossa época a leitura diminui vertiginosamente, ao mesmo tempo, cresce o elogio da ignorância,(15) nossa velha conhecida. Há, nesse contexto, dois tipos de ignorância(25) em relação às quais os livros são potentes ou impotentes.(2) Uma é a ignorância filosófica, aquela que em Sócrates se expunha(9) na ironia do "sei-que-nada-sei". Aquele que não sabe e quer saber(19) pode procurar os livros, esses objetos que guardam tantas informações, tantos conteúdos, que podemos esperar deles muita coisa: perguntas e, até mesmo, respostas. A outra é a ignorância prepotente, à qual alguns filósofos deram o nome de "burrice". Pela burrice, essa forma cognitiva impotente e, contudo, muito prepotente,(22) alguém transforma o não saber em suposto saber, a resposta pronta é transformada em verdade. Nesse caso, os livros são esquecidos. Eles são desnecessários como "meios para o saber". Cancelada a curiosidade, como sinal de um desejo de conhecimento, os livros tornam-se inúteis.(10) Assim, a ignorância que nos permite saber se opõe à que nos deforma(1) por estagnação,(23) A primeira gosta dos livros, a segunda os detesta.(13)

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Para aprender a perguntar, precisamos aprender a ler. Não porque o pensamento dependa da gramática(16) ou da língua formal, mas porque ler é um tipo de experiência que nos ensina(12) a desenvolver raciocínios, nos ensina a entender, a ouvir e a falar para compreender. Nos ensina a interpretar. Nos ajuda, portanto, a elaborar questões,(8) a fazer perguntas. Perguntas que nos ajudam a dialogar,(6) ou seja, a entrar em contato com o outro. Nem que este outro seja,(20) em um primeiro momento, apenas cada um de nós mesmos.

Pensar, esse ato que está faltando entre nós, começa aí, muitas vezes em silêncio, quando nos dedicamos a esse gesto(4) simples(17) e ao mesmo tempo complexo que é ler um livro, É lamentável que as pessoas sucumbam ao clima programado da cultura(14) em que ler é proibido. Os meios tecnológicos de comunicação são insidiosos nesse momento, pois prometem uma completude que o ato de ler(5) um livro nunca prometeu. É que o ato da leitura nunca nos engana.(3) Por isso, também, muitos afastam-se dele.(11) Muitos que foram educados para não pensar,(24) passam a não gostar do que não conhecem.(7) Mas há quem tenha descoberto esse prazer(21) que é o prazer de pensar a partir da experiência da linguagem - compreensão e diálogo - que sempre está ofertada em um livro. Certamente para essas pessoas, o mundo todo - e ela mesma - é algo bem diferente.

TIBURI, Márcia. Potência do pensamento: por uma filosofia política da leitura. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br>. Acesso em: 31 jan. 2016, (Adaptado.).

Com o fragmento "Muitos que foram educados para não pensar, passam a não gostar do que não conhecem." (7), infere-se que


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