CN 2006 Português - Questões

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Texto I

Declaração de amor

(17)Esta é uma confissão de amor(18): (01)amo (15)a língua portuguesa(02). Ela não é fácil. Não é maleável. E, como (19)não foi profundamente trabalhada pelo pensamento(16)(20), a sua tendência é a de ter sutilezas e de reagir às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguagem de sentimento e de alerteza(11). E de amor. (07)A língua portuguesa(12) é um verdadeiro desafio(08) para quem escreve. Sobretudo para quem escreve (27)tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo(28).

Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta com o imprevisível(13) de uma frase. (03)Eu gosto de manejá-la(04) — como gostava de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas(14), às vezes lentamente, às vezes a galope.

Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao máximo nas minhas mãos. E este desejo todos os que escrevem têm. Um Camões e outros iguais não bastaram (09)para nos dar para sempre uma herança(10) de língua já feita. Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida.

Essas dificuldades, nós as temos. Mas (23)não falei do encantamento(24) de lidar com uma língua (21)que não foi aprofundada(22). O que recebi de herança não me chega.

Se eu fosse muda, e também não pudesse escrever, (05)e me perguntassem a que língua(06) eu queria pertencer, eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas como não nasci muda e pude escrever, tornou-se absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português.

Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem (25)do português fosse virgem, e límpida(26).

(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p. 134-135.)

Assinale a opção que apresenta a classificação correta para o verbo destacado de acordo com a sua transitividade.


Texto I

Declaração de amor

(17)Esta é uma confissão de amor(18): (01)amo (15)a língua portuguesa(02). Ela não é fácil. Não é maleável. E, como (19)não foi profundamente trabalhada pelo pensamento(16)(20), a sua tendência é a de ter sutilezas e de reagir às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguagem de sentimento e de alerteza(11). E de amor. (07)A língua portuguesa(12) é um verdadeiro desafio(08) para quem escreve. Sobretudo para quem escreve (27)tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo(28).

Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta com o imprevisível(13) de uma frase. (03)Eu gosto de manejá-la(04) — como gostava de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas(14), às vezes lentamente, às vezes a galope.

Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao máximo nas minhas mãos. E este desejo todos os que escrevem têm. Um Camões e outros iguais não bastaram (09)para nos dar para sempre uma herança(10) de língua já feita. Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida.

Essas dificuldades, nós as temos. Mas (23)não falei do encantamento(24) de lidar com uma língua (21)que não foi aprofundada(22). O que recebi de herança não me chega.

Se eu fosse muda, e também não pudesse escrever, (05)e me perguntassem a que língua(06) eu queria pertencer, eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas como não nasci muda e pude escrever, tornou-se absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português.

Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem (25)do português fosse virgem, e límpida(26).

(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p. 134-135.)

Os vocábulos "alerteza" (11), "portuguesa" (12), "imprevisível" (13) e "rédeas" (14) estão corretamente grafados. Assinale a opção que apresenta todas as palavras também com a grafia correta.


Texto I

Declaração de amor

(17)Esta é uma confissão de amor(18): (01)amo (15)a língua portuguesa(02). Ela não é fácil. Não é maleável. E, como (19)não foi profundamente trabalhada pelo pensamento(16)(20), a sua tendência é a de ter sutilezas e de reagir às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguagem de sentimento e de alerteza(11). E de amor. (07)A língua portuguesa(12) é um verdadeiro desafio(08) para quem escreve. Sobretudo para quem escreve (27)tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo(28).

Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta com o imprevisível(13) de uma frase. (03)Eu gosto de manejá-la(04) — como gostava de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas(14), às vezes lentamente, às vezes a galope.

Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao máximo nas minhas mãos. E este desejo todos os que escrevem têm. Um Camões e outros iguais não bastaram (09)para nos dar para sempre uma herança(10) de língua já feita. Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida.

Essas dificuldades, nós as temos. Mas (23)não falei do encantamento(24) de lidar com uma língua (21)que não foi aprofundada(22). O que recebi de herança não me chega.

Se eu fosse muda, e também não pudesse escrever, (05)e me perguntassem a que língua(06) eu queria pertencer, eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas como não nasci muda e pude escrever, tornou-se absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português.

Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem (25)do português fosse virgem, e límpida(26).

(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p. 134-135.)

"... [a língua portuguesa] não foi profundamente trabalhada pelo pensamento..." (15)(16), encontra-se na voz passiva analítica. Assinale a opção que corresponde à forma na voz ativa para a oração acima apresentada.


Texto I

Declaração de amor

(17)Esta é uma confissão de amor(18): (01)amo (15)a língua portuguesa(02). Ela não é fácil. Não é maleável. E, como (19)não foi profundamente trabalhada pelo pensamento(16)(20), a sua tendência é a de ter sutilezas e de reagir às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguagem de sentimento e de alerteza(11). E de amor. (07)A língua portuguesa(12) é um verdadeiro desafio(08) para quem escreve. Sobretudo para quem escreve (27)tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo(28).

Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta com o imprevisível(13) de uma frase. (03)Eu gosto de manejá-la(04) — como gostava de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas(14), às vezes lentamente, às vezes a galope.

Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao máximo nas minhas mãos. E este desejo todos os que escrevem têm. Um Camões e outros iguais não bastaram (09)para nos dar para sempre uma herança(10) de língua já feita. Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida.

Essas dificuldades, nós as temos. Mas (23)não falei do encantamento(24) de lidar com uma língua (21)que não foi aprofundada(22). O que recebi de herança não me chega.

Se eu fosse muda, e também não pudesse escrever, (05)e me perguntassem a que língua(06) eu queria pertencer, eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas como não nasci muda e pude escrever, tornou-se absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português.

Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem (25)do português fosse virgem, e límpida(26).

(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p. 134-135.)

De acordo com o texto, a autora prefere português a inglês principalmente porque


Texto I

Declaração de amor

(17)Esta é uma confissão de amor(18): (01)amo (15)a língua portuguesa(02). Ela não é fácil. Não é maleável. E, como (19)não foi profundamente trabalhada pelo pensamento(16)(20), a sua tendência é a de ter sutilezas e de reagir às vezes com um verdadeiro pontapé contra os que temerariamente ousam transformá-la numa linguagem de sentimento e de alerteza(11). E de amor. (07)A língua portuguesa(12) é um verdadeiro desafio(08) para quem escreve. Sobretudo para quem escreve (27)tirando das coisas e das pessoas a primeira capa de superficialismo(28).

Às vezes ela reage diante de um pensamento mais complicado. Às vezes se assusta com o imprevisível(13) de uma frase. (03)Eu gosto de manejá-la(04) — como gostava de estar montada num cavalo e guiá-lo pelas rédeas(14), às vezes lentamente, às vezes a galope.

Eu queria que a língua portuguesa chegasse ao máximo nas minhas mãos. E este desejo todos os que escrevem têm. Um Camões e outros iguais não bastaram (09)para nos dar para sempre uma herança(10) de língua já feita. Todos nós que escrevemos estamos fazendo do túmulo do pensamento alguma coisa que lhe dê vida.

Essas dificuldades, nós as temos. Mas (23)não falei do encantamento(24) de lidar com uma língua (21)que não foi aprofundada(22). O que recebi de herança não me chega.

Se eu fosse muda, e também não pudesse escrever, (05)e me perguntassem a que língua(06) eu queria pertencer, eu diria: inglês, que é preciso e belo. Mas como não nasci muda e pude escrever, tornou-se absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português.

Eu até queria não ter aprendido outras línguas: só para que a minha abordagem (25)do português fosse virgem, e límpida(26).

(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p. 134-135.)

Assinale a opção que apresenta a classificação sintática correta para o termo destacado nas orações.


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